A cidade adormeceu calada.
Nas esquinas das periferias, a comemoração que não veio, e um vazio na garganta deixou a dor transpassar o coração.
O choro chorado, que antevia a tempestade no país do faz de contas, se fez naquele outubro de 2018, quando a extrema-direita foi eleita para governar.
E a tragédia veio.
Foram (e ainda são) tempos difíceis, que deverão passar para a história como os piores no processo de construção de nossa (frágil) democracia. Mas, diferentemente, daquilo que é comum por aqui, não deveremos esquecer.
Afinal, tudo é lição!
As marcas na sociedade são profundas, deixando um rastro de destruição. Entre os escombros encontram-se milhares de mortos (só na pandemia foram 700.000 em números redondos), a perda de direitos, os sistemas educacional e de saúde desmontados, o estímulo a compra de armas, o incentivo a violência, como política de Estado, entre outras aberracoes, submersas em um mar de lama e corrupção.
Diariamente, à frente de mentes sequestradas, os impostores mentem, usurpando a fé, usando-a como monopólio para se justificarem como "povo eleito" por um "Deus" que é deles, não nosso.
Difícil esquecer um ainda Presidente , diante do quadro caótico, que se abateu sobre a população, imitando gente sentindo falta de ar, xingando e agredindo aqueles ousaram questiona-lo.
Hoje, a cidade adormecerá cantando.
Nas esquinas das periferias, a comemoração, que ainda não veio, certamente virá. E o nosso coração batera no compasso da esperança da reconstrução.
O choro chorado, será de alegria, neste outubro de 2022.
Amanhã, será o hoje de todos e todas e o nosso país voltará a sorrir.
Boa votação!
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