top of page

TREM NOTURNO PARA LISBOA - DUBLADO

Atualizado: 5 de dez. de 2023



Para assistir o filme, entre no link abaixo

 

Aproveitamos este espaço para darmos continuidade a divulgação de alguns filmes importantes sobre a história da humanidade. História essa que pode refletir o universo individual e/ou coletivo.

A memória é fundamental para a construção da identidade de nós mesmos e consequentemente da sociedade onde vivemos. E o nosso país, infelizmente, pelo desconhecimento de sua própria transição de colônia para país, amarga, em sua existência recente, idas e vindas entre a democracia e as ditaduras de diferentes matizes; entre a civilização e a barbárie.

Assim como nós, os irmãos portugueses também atravessaram momentos bastante delicados em sua longeva história de séculos. Uma das mais recentes e crueis, ainda desconhecida por muitos conterrâneos, deste lado de cá do Atlântico, foi a ditadura Salazarista.

O filme "Trem noturno para Lisboa" está contextualizado naquele momento e, de forma quase didática, se nos apresenta a crueza de um sistema gerido para oprimir e matar opositores.

Lançado no ano de 2013, é uma produção alemã, suiça e portuguesa, que apresenta nomes importantes do cinema em seu elenco.


São eles:

  • Jeremy Irons… Raimund Gregorius

  • Mélanie Laurent… Estefânia (jovem)

  • Jack Huston… Amadeu

  • Martina Gedeck… Mariana

  • Tom Courtenay… João Eça

  • August Diehl… Jorge O'Kelly (jovem)

  • Bruno Ganz… Jorge O'Kelly

  • Lena Olin… Estefânia

  • Burghart Klaußner… Juiz Prado

  • Nicolau Breyner… Silva

  • Charlotte Rampling… Adriana do Prado

  • Christopher Lee... Padre Bartolomeu

  • Marco d'Almeida... João Eça (jovem)

  • Beatriz Batarda... Adriana do Prado (jovem)

  • Filipe Vargas... Padre Bartolomeu (jovem)

  • Adriano Luz... Rui Luís Mendes, o carniceiro de Lisboa

  • Sarah Bühlmann... Catarina Mendes

A sinopse oferece a seguinte trama:

Raimund Gregorius, professor suíço de grego e latim, salva uma bela mulher portuguesa de se atirar de uma ponte em Berna, na Suíça. Na sequência deste incidente, depara-se com um livro escrito pelo autor português Amadeu do Prado, que fala sobre a resistência a regime militar. Obcecado com a história, Raimund decide apanhar o comboio para Lisboa para saber mais sobre o autor.



 

Abaixo, a opinião de Lúcia Skromov, que nos brindou com sua interpretação do filme.


Abaixo, compartilhamos a opinião de Lucia Skromov, que assistiu e nos deixou as suas impressões.


Assisti ao filme todo. DIgo todo, porque, por absoluta falta de tempo, eu o parti em vários pedaços para dar conta de vê-lo. Por fim, sem a mínima intenção, acabei por repetir a forma como foi narrado. Bastante original a narração dos tempos repressivos salazaristas. Interessante é ter um sujeito de fora como o que tece os acontecimentos, apresentando - acrescentando - cada uma das personagens, de acordo com a leitura do livro do médico. E mais: ser um suíço.

Depois da França, a Suíça é o caminho mais buscado para emigração portuguesa na Europa, para trabalho essencialmente. E os portugueses ganham em moeda forte, num país cujo custo de vida é altíssimo, e fazem suas compras nas cidades fronteiriças alemãs, onde conseguem poder de compra.

Em outras palavras, o mesmo que fazem os brasileiros em Roraima: atravessam as fronteiras do país para a Venezuela, para comprar gasolina... barata.

E os portugueses mal arranham o idioma. Se bem que, na Suíça, dependendo do local, eles se deparam com três idiomas: Francês, Italiano e um Alemão diferente, quase um dialeto. Ali, em Berna – espaço da ação inicial, onde surge a moça portuguesa, dona do livro perdido ou “esquecido”-, o Alemão é o idioma predominante.

Achei importante o destaque, no final, da personagem marcada pra morrer-Estefânia- e da prisão de Tafarral. As duas figuras são emblemáticas. A personagem que representa em si mesma a esquerda e o povo que mantêm vivos fatos e lembranças, molas propulsoras para a organização do 25 de abril, e o local que foi entendido para além de uma prisão, na verdade, altar de sacrifício humano.

Eu estive ali uma única vez. Não me animei a voltar. Lugar lúgubre. Virou um centro de exposição da História da Repressão na Ditadura Salazarista. Bom que seja isso.

Muita gente o compara com Auschwitsz e com os Gulags. Concordo com a semelhança com Auschwirsz. Mas estive na Rússia e vi dois lugares onde funcionaram gulags. Suas estruturas em nada se parecem com as de Tarrafal ou Auschwitsz. E se diz que os opositores do regime socialista ali iam para morrer, mas havia comida e serviços médicos. Os gulags se localizavam em lugares retirados das cidades e estavam mais relacionados ao frio intenso. Para detê-lo, a construção obedece aos padrões arquitetônicos daquela parte da Eurásia. Há poucas janelas e são pequenas e um pé direito alto. Repetem o estilo arquitetônico de países muito frios. A construção não dá chance para o vento entrar.

Os ocidentais se impressionam com o local devido a uma paisagem onde tudo é cinzento. Mas isto não é um regime que faz, é próprio da natureza... onde tudo é inóspito. Impressiona, porque conota ser opressiva.

Não estive na Sibéria, mas, quando for, vou ver coisa bem pior. Tudo muito seco e branco no inverno. É outro universo, que se bem que esteja se desenvolvendo e cada vez mais povoado, ainda é um ermo onde a paisagem misturada com o externo das casas nos lembra Dostoievski: “Recordações da Casa dos Mortos”.

Todo descendente de russo que tenha emigrado, tem direito a voltar, ganhar cidadania e ter um pedaço de terra... na Sibéria. Ninguém quer se aventurar. Kkkk

Salve Putin e suas ideias para povoar os rincões mais distantes e congelados do planeta.


 

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Night_Train_to_Lisbon


85 visualizações5 comentários

Posts recentes

Ver tudo

REDEMOINHO

Post: Blog2_Post
bottom of page