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Foto do escritorSaulo César Paulino e Silva

REFÉM DO TEMPO - CARLOS EDUARDO DE SOUZA

Atualizado: 3 de dez. de 2023



Hoje, apresentamos o instigante texto "Refém do Tempo", do amigo e professor Carlos Eduardo de Souza.

A temática nos soa como uma quase-provocação, em que a passagem dos dias, (e por que não dizer das horas, dos meses e anos), se apresenta como uma metáfora hibrida, que permeia o olhar do transeunte-leitor desavisado. Nessa perspectiva, provavelmente, o tempo do autor não seja o tempo do leitor, pois, certamente, se encontram em momentos diversos, convergentes ou não, mas isso, de fato, não importa!

Por meio de uma escrita fluida, dinâmica e aparentemente fragmentada, o texto convida a "contar", de forma polissêmica o nosso tempo como se fosse, por exemplo, um cronômetro imaginário, que metrifica os acontecimentos diários, ou, ainda, como uma estratégia narrativa do contar (verbo) como se desenhasse em palavras "frames cotidianos", filtrados pela lente de quem escreve.

O tema central, percebido em toda a construção textual, demonstra que a coerência temática do "tempo" é garantida no desenvolvimento dessa crônica existencial; o que nos faz perceber que a fragmentação é sugerida e intencional, fazendo parte de um recurso literário bem empregado.


Espero que apreciem.


 

Há tempos que não te vejo.

Vamos logo com isso, pois tempo é dinheiro.

Não temos tempo a perder.

Mas temos todo o tempo do mundo.

No meu tempo isso não acontecia.

O tempo é inimigo.

Ah...Não perca seu tempo falando isso.

Acho melhor darmos um tempo...

Gooollll!!! Aos 45 do segundo tempo.

Quanto tempo resta?

Tempo que não volta mais.

Direto do túnel do tempo.

Penso nisso o tempo inteiro.

O tempo passa e você está o mesmo.

Parece que o tempo parou...

Lembro de minha infância, meus tempos de criança.

Será que estou perdendo meu tempo falando sobre isso?

Só o tempo dirá.

Esse tempo que escorre pelos dedos.

É o mesmo que passa voando.

Nem vi o tempo passar...

Fazemos tudo ao mesmo tempo.

De tempos em tempos a gente percebe.

O tempo é relativo.

Há um tempo atrás ano 2000 era futuro.

O nosso tempo não é o de Deus.

Tudo tem seu tempo.

Não gaste seu tempo à toa.

Com o tempo isso passa.

Tempo...vá devagar!

Estamos na linha do tempo.

Não tenho tempo pra mais nada.

Então...Tempo esgotado!



 

No dia 01 de dezembro, realizamos, no quadro "Entre Amigos", uma entrevista com o autor. Todos e todas estão convidad@s para assistirem esse bate-papo e se inscreverem em nosso blog "Páginas Literárias" e em nosso canal "Convergências", no youtube.




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