O Brasil ainda não sabe (ou sabe?) quem mandou matar Marielle Franco? Essa chaga na história recente do nosso país, expõe a ferida das desigualdades, que ceifam vidas, matando (ou quase) os nossos sonhos por um país para todxs.
É nessa perspectiva que o poeta, músico e maestro de muitas estradas, Clóvis Ribeiro, nos traz em seu texto, neste abril de 2023.
Mais um escritor, amigo e irmão, que compartilha sua arte de escrita combinando-a com nossa arte de leitores.
Amar,
A Marielle.
Amar:
A sua pele.
Amar,
A liberdade.
Marielle Franco foi mulher,
Negra, mãe, filha, irmã,
Esposa e cria da favela da Maré.
Amar, a Marielle:
Socióloga e ativista
Vereadora de um povo,
Semente de milhões de Marielles.
Coletivos e movimentos feministas,
Negros das favelas
Todos estavam com ela.
Amar, a Marielle.
Ouço o mar chamar teu nome.
Vejo uma legião se levantar
Para lutar a sua luta
Que é a nossa bandeira:
Olê! Mulher guerreira!
Teus algozes não terão paz
Enquanto a justiça não
For feita.
E mesmo assim nada trará você de volta.
Mas sua passagem não será esquecida
Por toda eternidade.
Clovis Ribeiro 2023
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