top of page
Foto do escritorSaulo César Paulino e Silva

LEITURA E SUBJETIVIDADE

Atualizado: 23 de mai. de 2021


Compartiho com os leitores minha dissertação, que foi defendida na PUC-SP, em meados dos anos de 1990. Recentemente, revisei o material, atualizando-o, para ser publicada pela Novas Edições Acadêmicas. A ideia de compartilhar esse trabalho vem ao encontro de proporcionar material de qualidade para aqueles interessados no tema "leitura", relacionando-o à construção de sentido do texto poético.

Deixo, também, disponibilizado um link para que se possa realizar o download completo da obra, sem qualquer custo.

Peço a gentileza, se acharem pertinente, de deixarem seus comentários e, na medida do possível, nos ajudem na divulgação. Aproveito, ainda, para convidá-los a conhecer outras publicações deste nosso blog.


Obrigado.


 

APRESENTAÇÃO


UM CONVITE À COMPREENSÃO DA INTELIGIBILIDADE


Maria Célia Lima-Hernandes - Universidade de São Paulo


Lidar com perspectivas diferentes é a rotina de todo professor. Interage

com os alunos, coloca-se no lugar deles para encaminhá-los para um ponto

de entendimento da matéria ministrada e incentiva-os a ler textos que

pressuponham um exercício mental necessário ao crescimento e maturação.

Sem perder isso de vista, Saulo César Paulino e Silva, em seu livro

Construindo os sentidos do texto poético, transcende a tarefa rotineira do

professor: evidencia que há formas de leitura que devem ser compreendidas

como movimentos individuais e como graus de proficiência tendo em vista os

objetivos de cada leitor.

Um dos tipos de texto que mais comumente é inserido, na escola, no

campo das subjetividades é justamente o texto poético. Como alcançar a

leitura que o professor faz em voz alta? Chegarei um dia a compreender

essa obra do mesmo modo que meu professor? Essas são algumas

questões que alunos formulam ao ouvirem o professor descortinar um mundo

interpretativo todo novo. Então, a sala de aula coloca em confronto dois tipos

de mentes em funcionamento: a mente madura e cognoscente do professor,

que, em sala, vai abrindo portas de interpretação a cada verso lido

coletivamente. A ideia comumente aceita é que a leitura e a interpretação

feita pelo aluno só é válida num primeiro momento, o de primeiro contato,

após o que só a voz do docente pode ser replicada em provas e exercícios.

consciência da própria condição enquanto se lê um texto? É preciso exercitar

essa conscientização para se deslocar entre os vãos de significação

propiciados pelos alunos e pelos leitores comuns.

Essa é a meta proposta neste livro, que traz não somente uma reflexão

profunda sobre os movimentos interpretativos (e manifestados pelas vozes)

de três tipos de Leitores: o professor, o aluno e o comum. O primeiro (Leitor

Professor) com seus movimentos de que remanescem reflexões racionais; o

segundo (o Leitor Comum) que realiza um processo de rememorização de

vivências pessoais, entre subjetividades; e o terceiro (Leitor Aluno), que

constrói experiências de recriação narrativa, como se não pudesse, em seus

movimentos afastar-se de si. Para cumprir essa meta, Saulo César Paulino e

Silva ainda assume para si a responsabilidade de elaborar um exercício de

aproximação com esses leitores. E a consequência mais generosa não

poderia ser outra: enquanto explicita os exercícios, vai criando as pontes que

favorecerão o estreitamento das relações entre docente e aluno no trabalho

de construção dos sentidos do texto poético. É um convite à leitura e à

reflexão sobre perspectivas diversas, justamente o que falta como material

ao professor de literatura e de língua portuguesa. Iniciemos as leituras,

portanto!


 


112 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


Post: Blog2_Post
bottom of page