Saulo Cesar Paulino e Silva
Gostaria de compartilhar com vocês um dos poemas em espanhol, que escrevi ainda nos anos de 1990. "La tarde" é uma reflexão a respeito de uma cena cotidiana, um instante de verdadeira epifania, em que a existência humana se desvela como um manto diante do altar.
É como se o sagrado, em sua essência, e ao mesmo tempo o profano, fossem diluídos pela lente da interpretação humana.
Aproveito a oportunidade para agradecer ao amigo Daniel Kovac que, gentilmente, fez a revisão do texto, além de sugerir palavras e expressões mais adequadas ao idioma de Cervantes.
El viejo mira la calle
La vieja no se olvida
teje y vuelve sus espaldas
para el mundo.
La mochila azul está en el balcón
- puesta en venta -
El olor a cebolla en el aire
anuncia un atardecer anticipado
Besos cansados
Cuerpos sudados
Nostalgia
recompuesta para el próximo día.
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