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Foto do escritorSaulo César Paulino e Silva

FAVELA BRASIL

Desde as suas origens, o país convive com um deficit habitacional crônico, que perdura até os dias de hoje. A ideia de favela é acompanhada por um lado de estigmas, relacionados aos estereótipos da marginalidade social, pobreza e miséria. Por outro lado, a favela (carioca), por meio da arte, do samba, compostos por autores consagrados (e também anônimos) desceu os morros para preencher o imaginário das noites boemias do Rio de Janeiro, antiga Capital do Brasil.

Essa dualidade entre a visão estigmatizada por um lado e a idealização artística, por outro, nos inspirou a pensar um título em que a palavra "Favela" ganha contornos polissêmicos, partindo do substantivo "Favela", sendo adjetivado pelo não mais substantivo próprio, "Brasil".No decorrer do texto, ainda, é possível observar que essa polissemia se revela novamente, após "Favela" deixar de ser substantivo, transformando-se em verbo, na sua forma infinitiva "favelar".

Nesse sentido, acreditamos que o papel da arte, e consequentemente, do artista, é criar, transgredir, reler para ser reinterpretado.

Gostaria de convidar aos leitores, leitoras, amigos e amigas a conhecerem essa música, que compus recentemente, e que tenho o prazer de compartilhar com tod@s vocês.


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Desce do morro moleque

Favela, favela, Brasil

Favela, favela, vamos favelar

Favela, favela, Brasil.


Vida sem riso não há

País com racismo não dá

Troca o verbo armar

Vem nossa escola sambar


Desce do morro moleque (...)


Vejo nos olhos do povo

Esse desejo crescer

A liberdade é de todos

Vamos querer renascer


Desce do morro moleque (...)


Vida sem riso não há

País com racismo não dá

Troca o verbo armar

Vem nossa escola sambar



Obs. Para quem tiver interesse, compartilho o link do excelente texto "Histórico das favelas na cidade do Rio de Janeiro", de autoria de João Carlos Ramos Magalhães.




23 visualizações2 comentários

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2 Comments


Clovis Ribeiro
Clovis Ribeiro
Mar 18, 2021

Fa Vela o destino desses meninos filhos de um tempo sem tempo, onde a sirene soa sílabas de solidão. Fa Vela que revela o outro lado do lado de lá dos nossos sentimentos. Fa Vela e refaz nossos ideais de sociedade justa além do papel do estado e da ladroagem.Amém.

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Gostei, Irmão, da rima que afina e esculacha a cara da solidão! Abraço

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