Hoje, apresentamos o poema, traduzido para o português, "Canção", do escritor norte-americano Allen Ginsberg.
A publicação foi sugerida e enviada pelo nosso querido amigo e escritor Jair Farias.
A seguir, uma pequena nota introdutória da biografia desse autor norte-americano, considerado um dos fundadores da Geração Beat, nos idos de 1950, no século passado.
"Irwin Allen Ginsberg (Newark, Nova Jersey, 3 de junho de 1926 – Manhattan, Nova York, 5 de abril de 1997) foi um escritor, poetaestadunidense, filósofo e ativista. Ele é considerado como uma das principais figuras da Geração Beat nos anos 50, junto com Jack Kerouac e William S. Burroughs e da contracultura que se seguiu depois disso. Ficou conhecido pelo seu livro de poesia Uivo e Outros Poemas (1956). Se opôs vigorosamente ao militarismo, ao materialismo econômico e à repressão sexual. Foi conhecido por incorporar vários aspectos de sua contracultura, assim como suas opiniões sobre drogas, hostilidade à burocracia e abertura para religiões orientais."
O peso do mundo é o amor. Sob o fardo da solidão, sob o fardo da insatisfação o peso o peso que carregamos é o amor. Quem poderia negá-lo? Em sonhos nos toca o corpo, em pensamentos constrói um milagre, na imaginação aflige-se até tornar-se humano - sai para fora do coração ardendo de pureza - pois o fardo da vida é o amor, mas nós carregamos o peso cansados e assim temos que descansar nos braços do amor finalmente temos que descansar nos braços do amor. Nenhum descanso sem amor, nenhum sono sem sonhos de amor - quer esteja eu louco ou frio, obcecado por anjos ou por máquinas, o último desejo é o amor - não pode ser amargo não pode ser negado não pode ser contigo quando negado: o peso é demasiado - deve dar-se sem nada de volta assim como o pensamento é dado na solidão em toda a excelência do seu excesso. Os corpos quentes brilham juntos na escuridão, a mão se move para o centro da carne, a pele treme na felicidade e a alma sobe feliz até o olho - sim, sim, é isso que eu queria, eu sempre quis, eu sempre quis voltar ao corpo em que nasci.
Comments